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Representante dos EUA na Ucrânia avalia deixar o cargo nos próximos dias.

Bridget Brink, nomeada em 2022 por Joe Biden, avalia encerrar sua carreira diplomática em meio a um cenário delicado na guerra entre Ucrânia e Rússia.

Bridget Brink, atual embaixadora dos Estados Unidos na Ucrânia, está a ponderar deixar o cargo em breve e também encerrar a sua carreira diplomática, conforme revelaram nesta quarta-feira à agência Reuters um representante do governo norte-americano e outras duas fontes familiarizadas com o assunto. Brink ocupa a função desde maio de 2022, e sua eventual saída poderá aumentar a incerteza nas relações entre Washington e Kyiv, num contexto particularmente sensível devido ao conflito em curso.

Diplomata de carreira com vasta experiência em assuntos europeus, Brink foi indicada pelo presidente Joe Biden e desempenhou papel fundamental na estratégia diplomática dos EUA frente à invasão russa da Ucrânia. As fontes ouvidas afirmam que a decisão de sair seria pessoal, sem que houvesse pressões externas ou motivações políticas.

O Departamento de Estado ainda não comentou oficialmente sobre a possível saída da diplomata.

Caso a saída se concretize, Brink será uma das figuras de mais alto escalão a deixar o Departamento de Estado desde o início do atual mandato presidencial, juntando-se a outros diplomatas veteranos que também se afastaram recentemente, como John Bass, ex-subsecretário do Departamento.

Durante sua permanência em Kyiv, Brink teve a tarefa de lidar com a transição entre duas administrações com abordagens significativamente diferentes em relação à Ucrânia. Essa missão envolveu o apoio diplomático e operacional ao governo de Volodymyr Zelensky, além da defesa contínua do envio de ajuda militar norte-americana — um tema controverso tanto nos EUA quanto entre os aliados europeus.

Nos últimos tempos, Brink também foi alvo de críticas públicas por parte de autoridades ucranianas. Após um ataque russo que vitimou 20 pessoas — incluindo nove crianças — em Kryvyi Rih, cidade natal de Zelensky, a embaixadora manifestou-se nas redes sociais, mas evitou nomear a Rússia como responsável pelo ataque.

A reação gerou desconforto. Zelensky usou a plataforma X (antigo Twitter) para expressar desagrado com a postura da embaixada, classificando a resposta como “dececionante” e dizendo que os EUA demonstraram “medo de sequer mencionar a palavra ‘Rússia’” ao comentar o ocorrido.

Apesar da controvérsia, não há indícios de que esse episódio tenha motivado diretamente a possível saída de Brink.

Substituição em consideração
Ainda não há uma definição oficial sobre quem poderá assumir o posto caso Brink se afaste. Fontes mencionam Chris Smith, atual secretário-adjunto para Europa de Leste e assuntos regionais no Departamento de Estado, e ex-vice-chefe da embaixada dos EUA em Kyiv (2022-2023), como um dos possíveis sucessores. No entanto, qualquer nome indicado para o cargo precisa da aprovação do Senado.

Essa mudança ocorre num momento em que a administração de Donald Trump tenta negociar um possível cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia. Nos últimos tempos, os EUA teriam tentado intermediar dois acordos de tréguas — um ligado a infraestrutura energética e outro ao Mar Negro — mas ambos falharam.

Diferentemente dos embaixadores de nomeação política, que costumam deixar o posto com a troca de governo, diplomatas de carreira, como Brink, geralmente continuam no cargo, a menos que optem por sair ou que o novo presidente decida substituí-los. Ainda não se sabe se Brink já formalizou sua demissão, mas tudo indica que a transição pode ocorrer nas próximas semanas.

A possível troca de liderança na embaixada dos EUA em Kyiv, em plena fase crítica do conflito, levanta preocupações sobre a consistência da política externa americana em relação à Ucrânia, especialmente diante das crescentes dúvidas no Congresso dos EUA quanto à continuidade do apoio militar e financeiro ao governo ucraniano.

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